25.4.07

Opine sobre as histórias dos nossos ouvintes


O Observatório Feminino não pára de receber cartas de ouvintes, com destaque paras os masculinos.

Essa semana recebemos um e-mail, muito especial, do Bruno Henrique Moreira, de apenas 16 anos. Ele gostaria que a mesa comentasse a história dele. Apesar de muito novo já vai ser pai. A mãe também é muito jovem, tem apenas 15 anos. Em resumo ele conta. “Crescemos juntos, ela veio morar no meu bairro quando tinha 4 anos e desde que peguei na mão dela pela primeira vez senti uma coisa que não sei explicar. Começamos a namorar escondido aos 12 anos e ela acabou engravidando. Enfrentei tudo, um soco do pai dela, o desespero de todos, a falta de dinheiro. Um dia tive que sair pedindo dez reais a várias pessoas para pagar o médico para a Dani ver se estava tudo bem com o bebê. Sei que vai ser difícil, mas consegui trabalho, estou estudando á noite e já me preparo para casar o mais rápido possível com ela. Sei que ela é a mulher da minha vida”.


O outro e-mail é do Wesley Tadeu Dolabella. Ela pede que a mesa fale sobre as mães que não aceitam as decisões dos filhos. Ele tem 17 anos e descobriu que tem dom para o sacerdócio. Ele quer ser padre, mas não admite magoar a mãe. Segundo ele, a mãe quer que ele namore, case e tenha filhos etc. Eis o dilema: o Wesley não quer ir para o seminário deixando a mãe, pessoa que mais ama na vida, magoada.


Já ouvinte Daniel Alcantra, caminhoneiro de 28 anos, adora a Itatiaia e, principalmente o Observatório, quadro que ele descreve com o mais charmoso da rádio. Ele comenta que nós temos falando muito sobre fragilidade masculina, mas a culpa disso, na opinião dele, é da família. De acordo com o Daniel os pais vivem repetindo nas cabeças dos filhos que homem não pode chorar por nada, nem por problemas de grande dimensão. Ele completa somos ( homens) carentes sim...não vivemos sem as mulheres!!! Puxa vida, mulheres será que custa cuidarem dos homens?? Detalhe ele confessa que é encalhado...

7 Comments:

At 8:57 PM, Anonymous Anônimo said...

Olá, Mônica Miranda e todas as meninas do Observatório!

Gostaria que vocês comentassem o meu assunto, mas que por gentileza, preservassem a minha identidade.
Desde bem menina, descobri que a minha opção sexual não me permitia um relacionamento com homens e aos 21 anos, depois de alguns relacionamentos não muito sérios com garotas, conheci uma pessoa extremamente especial que mudou a minha vida. De início, tudo parecia mais um namorico, mas tornou-se algo marcante e aos poucos, nos vimos apaixonadas e vivendo uma linda estória de amor. Parecia um sonho, que desde bem moça, pedia a Deus que Ele realizasse em minha vida. Porém, depois de quase um ano juntas, namorando às escondidas, fomos descobertas por nossas famílias. Primeiramente pela minha, que me pressionou e forçou a um acompanhamento psicológico, além de idas ao médico, pois segundo a minha mãe, o meu "problema" poderia ser resolvido com algumas doses de hormônio feminino, embora eu seja extremamente feminina. Concordo que fui submissa demais, mas concordei com tudo isso somente para preservar a saúde de minha mãe que, ao descobrir este meu relacionamento, teve sua saúde comprometida e às vezes, me culpava e me dizia que mesmo depois da sua morte, não me perdoaria, caso eu continuasse com a minha posição homossexual. No caso da minha namorada, que se chama Sávia, não houve somente pressões, como também, a fizeram deixar BH e voltar para sua terra natal: Luís Correa, litoral piauiense. Sofremos e choramos demais, mas mesmo assim, juramos nos amar acima de todas as adversidades e a lutar por um futuro juntas. Driblávamos as nossas famílias conversando pelas madrugadas, ao telefone, escondidas no banheiro enquanto os outros dormiam, ou pela net. Nos correspondíamos por cartas, que eram enviadas aos endereços de nossos trabalhos com pseudônimos masculinos e mesmo com toda a distância, uma supria a outra, nos completávamos como almas gêmeas. Por duas vezes marcamos encontros em uma cidade próxima a Luis Correa, chamada Parnaíba, mas ao falar com a minha mãe sobre a viagem, tudo virava um inferno com chantagens emocionais e ameaças de que quando ao voltar, encontrar somente o seu corpo a ser enterrado por uma filha que só dava desgosto. Tudo isso nos levou a ter os encontros frustrados e o relacionamento foi se desgastando, ainda que nos amássemos muito. Nessa época, tínhamos mais derrotas do que vitórias; tudo era contra nós duas. E a partir daí, a Sávia passou a sempre me propôr que seguíssemos cada uma o seu destino e que no momento oportuno, voltássemos com o relacionamento de vez e que morássemos juntas. Ela foi se afastando de mim até que em um certo dia, disse que não daria mais para continuar, mas me prometeu que o nosso caso de amor não acabaria ali e que viveremos sim, o nosso romance, mesmo que demore anos. Foi o fim do mundo para mim. Chorei lágrimas de sangue escondida pelos cantos para que a minha família não percebesse que haviam nos vencido. De certa forma, eu entendo a atitude da Sávia que colocou em sua cabeça que não poderá jamais contrariar a sua família por "ter" uma dívida com eles. Ela é filha adotiva e acha que ser lésbica é uma imensa ingratidão a ser dada àqueles que a acolheram. Ela cedeu às pressões de sua família e da tradição nordestina machista que impõe à mulher um namorado e ela para disfarçar, hoje namora com um homem mais velho. E para que eu, por agora, desista dela, a Sávia me ignorou a fim de me magoar e ela conseguiu.Tentei seguir a minha vida...me envolvi com algumas mulheres, mas nada sério. Quando a saudade aperta demais, ligo para ela e nos declaramos uma a outra e sinto em sua voz que o amor ainda é forte e presente. O que sinto por ela só faz aumentar e hoje a amo muito mais do que antes e muito mais do que eu posso imaginar. Namoramos intensamente por quase um ano aqui em BH e ela se foi para o PI em setembro de 2005 e há 8 meses não nos falamos direito. Comprei as passagens para Luis Correa para as minhas férias de julho, porém, temo ir até lá e causar problemas para ela e sua família. Temo também ir e quando voltar, encontrar a minha família completamente hostil e avessa a tudo o que se refere a mim. Gostaria que vocês me aconselhassem, já que, não tenho com quem desabafar sobre isso que vem ocupando grande tempo e importância em minha vida. E também porque sei que virão conselhos legais de mulheres sem preconceito e humanas. Hoje, prestes a completar 25 anos e ela 23, tenho certeza de que não desistirei da Sávia, porém, não sei se é a hora certa para lutar por ela. Sofro muito com a sua ausência e não consigo e não quero me envolver com mais ninguém.

Muito obrigada por tudo e por favor, preservem as nossas identidades.

Beijos

 
At 8:22 AM, Anonymous Anônimo said...

acho que o caso deste Bruno, e raro, pois em cem,ele e o diferente, talvéz , seja pela educação a ele empreendida, a questão da familia, eu acredito que ele tem colegas mais jovens,ou acima da idade dele que deve ter falado cai fora,infelizmente na maioria dos casos como este que jovens são pais.

EDILENE.

 
At 9:40 AM, Anonymous Anônimo said...

e realmente !! menino de ouro este Bruno, que deus conserve, ouvi o dia em que a mesa relatou a historia dele, foi muito bacana.


Valeria Santos

 
At 8:29 AM, Anonymous Anônimo said...

Olha, eu sou um cara com 35 anos! eu não teria esta atitude deste garoto ai pai com 16 anos eu pensaria duas vezes ele e um em cem milhoes!! mas duvido que ele não pensou duas vezes.. ou os amigos dele não ficarão buzinando em sua cabeça!! mas que ele mantenha esta atitude.

ODIRLEI SANTANA!!!!

 
At 5:40 PM, Blogger diovvani mendonça said...

Passei, apenas para dar um oi, e, dizer para vocês que todo domingo, após o Jornal da Itatiaia, ouço o Observatório Feminino.

Já foi bastante discutido durante a semana, toda aquela bagunça lá no senado (tudo ao mesmo tempo agora - rsrs) é mole? Mas vocês poderiam dar uma resumida nos tópicos. E deixo uma pergunta: se Renan, tivesse um mínimo de dignidade e ética, não deveria se afastar da presidência do senado para que as investigações pudessem ser feitas? É inaceditável!!! O presidente da comissão (o Juiz) da coisa entregar os pontos diante de tanta pressão e o Renan ainda ficar lá com aquela cara de que não deve nada. Haja paciência!!!
MontanhosoAbraço pra meninas.

P.E.:
. Fiz um desabafo, lá no meu blog - se quiserem dar uma espiada -
www.diovmendonca.blogspot.com

. Vanusa, minha namorada, esposa e mulher, às vezes noto que ela fica um pouco com ciume de vocês, pois fico de antena ligada bem na hora do nosso café da manhã. Ela vai tomar o maior susto. Estarei ligado
www.diovmendonca.blogspot.com

 
At 9:18 AM, Blogger Wander Veroni Maia said...

Olá Mônica e meninas da redação!
Adoro esse programa e acho q esse é um dos mais criativos da rádio. Gostaria que vcs comentassem o caso da mãe que matou a filha de três anos, em São Sebastião do Anta, por que a menina a aborrecia muito. Outro fato interessante é o empresário que perdeu R$ 84 mil na rua e oferece recompensa de 10% desse valor pra quem achar a quantia e devolver a ele. Será q o brasileiro é honesto a ponto de devolver esse montante?
Domingo estarei ligado em vcs!!!
Bjs para todas.
Wander Veroni - Jornalista.
wander.veroni@gmail.com

 
At 7:49 AM, Anonymous Anônimo said...

Olá Mônica Miranda, cade vc já são três domingos, sem você no Obsevatório Femenino, não faça isso com os nossos corações, eu fico contando os dias para chegar o domingo e ouvir sua opnião, bem descontraida sem aquela pressão de colocar matérias no ar e vc nos deixa sem a sua fala, todas as jornalistas da mesa são maravilhosas, mas você e tudo de bom.

Beijos
Carlos Roberto Holanda
carlosrobertoholanda@bol.com.br

 

Postar um comentário

<< Home